A noite provoca-me.
O cansaço desperta-me.
A saudade atiça-me.
E tu, ao meu lado, no nosso leito de amor, a avivar o fogo que há em mim.
Há dias em que necessito de te vendar os olhos, para que a escuridão te faça ferver, remexer, gemer e teu falo exageradamente engrossar.
Mas também há dias que prefiro às claras, olhos nos olhos, para veres como gosto de usar e abusar de ti.
E como é excitante seres meu escravo erótico. Deitado na ponta da cama para que eu me sente em ti, de frente, de costas, de lado. Ui, de lado, a judiar-te como se fosse o teu maior castigo. E para que não atinjas o limite, nada como uma pausa, dolorosa: um beijo na boca, uma lambidela nos mamilos, uma mordida na orelha. Só depois devorar o teu falo teso, chupá-lo, lambê-lo, pegar nele e passá-lo nos meus mamilos, usá-lo entre os meus seios. E como acto de misericórdia para ambos, terminar de abusar porque é o momento de sermos um. De nos encaixarmos como se fôssemos peças de um puzzle desesperadamente fartas da solidão. Dois corpos sedentos de encaixe, de prazer. Dois selvagens à procura da contemplação. E como é verdade quando dizem que o céu existe! São as noites eróticas que me proporcionam dormir como um anjo.
Não há nada mais maravilhoso do que foder antes de dormir!