Tuas mãos de veludo
Minha pele é carente
E apela teu toque
Leve e macio
Como um pedaço de veludo
Que fascina e enlouquece
Libarta-me de falsos pudores
Com um arrepio súbito
No silêncio da noite
Tuas mãos de veludo
Em minhas costas escrevem poesia
Soltam palavras meigas
Palavras que não se ouvem
Apenas se sentem
Palavras que excitam
Que partem à descoberta
De curvas e covas
De entradas e corcovas
Meus seios enfeitiçam
Minha cova insana perturba
Com o toque suave
Das tuas mãos de veludo
Tão suaves que embriagam
E fazem-me perder a postura
Clamo teu pénis teso
E ambos doidos de tesão
Degustamos os sexos
Cada carícia lingual
Mais embriaga
Tal como vinho de grau elevado
A cada toque nas minhas nádegas
Com tuas mãos de veludo
Estremeço
E ao ímpeto de nossas loucuras
Inundas minhas entranhas
E mais uma noite maravilhosa passamos
Graças à ousadia das tuas mãos de veludo